A testemunha James Covey afirmou que Hashim Thaçi não era uma pessoa violenta nem tinha qualquer predisposição para sê-lo. Pelo contrário, afirmou que Thaçi tinha medo dos comandantes do KLA, notórios pela violência.
Mas quando questionado pelo juiz Christoph Barthe, Covey disse que estava claro, mesmo em Rambouillet, que Thaçi tinha medo dos comandantes da zona, onde ele chegou a ser ameaçado diretamente, relata o "Oath for Justice".
"É claro que ele foi diretamente ameaçado em Rambouillet se não atendesse às exigências dos comandantes da área. Mas seu comportamento também ficou claro. A forma como ele foi cauteloso em suas relações com a liderança do movimento KLA. Como eu disse anteriormente, em nossa profissão, nunca temos acesso a informações completas. Simplesmente tiramos conclusões do que vimos, do que ouvimos e com base em nossa experiência de vida", disse ele.
A testemunha Covey negou que Thaçi alguma vez lhe tivesse dito que estava com medo.
"Não, não! De jeito nenhum, o orgulho não nos permite dizer algo assim. Isso é compreensível, nós mesmos sentimos, nós mesmos vimos tal coisa", disse ele.
Além disso, o tribunal também discutiu o assassinato de 14 agricultores sérvios em Grackë, Lipjan.
A testemunha disse que Hashim Thaçi condenou aberta e repetidamente os assassinatos em Grackë, mas nem ele nem nenhum membro do KTK estava disposto a assinar uma declaração condenando este evento.
"Não, ainda não entendi. Parece-me que alguns desses acontecimentos não ocorreram na ordem cronológica correta", disse a testemunha.
Covey negou que alguém lhe tenha dito por que essa declaração não foi assinada, incluindo Thaçi. Ele disse não saber se este último havia tomado alguma medida para descobrir quem era o responsável pelo assassinato desses sérvios.